4 e 5 - Todo Errado

sem deixar cair, Mautner saúda o público, e anuncia que vai começar com Todo Errado, composição que lhe valeu o Grammy Latino de “Melhor Canção Brasileira” em 2003, e que foi inspirada num episódio ocorrido quando Mautner tinha 12 ou 13 anos: “fui advertido na escola, e esperava que meu pai me repreendesse; ao invés disso ele riu, e me disse: não liga não, meu filho, porque do jeito que você fizer, você estará sempre errado...”

Eu não peço desculpa / e nem peço perdão
(...) Psicótico, neurótico / todo errado


na seqüência vem Morre-se Assim, de Mautner e Nelson Jacobina (a mesma dupla de “Maracatu Atômico”). essa “marcha fúnebre funk esfuziante” (a definição é do autor!) foi uma das mais aplaudidas da noite, comprovando a disposição do público do Geringonça para ouvir e apreciar mesmo as músicas que não conhecem, e que são pouco convencionais. a performance termina com Puga estatelado no chão, morto, enquanto Mautner se diverte em apontá-lo para a platéia com o arco do violino.

Morre-se assim / como se faz um atchim
e de sopetão / lá vem o rabecão